Qual o Melhor Pedal de Chorus com Efeito de Vibrato?

Mariana Rodrígues Rivera
Mariana Rodrígues Rivera
9 min. de leitura

Encontrar o equilíbrio perfeito entre a oscilação suave do chorus e a variação de pitch intensa do vibrato define a identidade sonora de muitos guitarristas. A combinação dessas duas modulações em um único pedal economiza espaço no pedalboard e oferece texturas que vão do psicodélico ao ambiente moderno.

Analisamos sete modelos distintos para ajudar você a investir no equipamento certo para o seu som.

True Bypass e Modulação: Critérios de Escolha

Antes de decidir qual pedal comprar, você precisa entender como o sinal da sua guitarra será processado. A tecnologia True Bypass é essencial para músicos que desejam manter o timbre original do instrumento inalterado quando o efeito está desligado.

Isso evita a perda de frequências agudas, conhecida como "tone sucking", comum em pedais de buffer de baixa qualidade. Se você usa muitos pedais em cadeia, priorizar o True Bypass garante a integridade do seu som limpo.

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Outro ponto crítico é o tipo de circuito de modulação. Existem circuitos baseados em chips BBD (Bucket Brigade Device), que oferecem um som analógico, quente e com uma leve degradação musical nas repetições.

Em contrapartida, os processadores digitais (DSP) entregam uma clareza cristalina e maior versatilidade de ondas. Para quem busca o som clássico dos anos 80, o analógico é insubstituível.

Já para quem precisa de precisão e múltiplos modos de efeito, o digital é a escolha lógica.

Análise: Os 7 Melhores Pedais de Chorus e Vibrato

Selecionamos sete opções que variam desde emulações clássicas de Uni-Vibe até processadores modernos com múltiplos algoritmos. Cada um atende a um perfil específico de músico.

1. Keeley Seafoam Plus Vibrato Chorus True Bypass

Maior desempenho
RecomendadoAtualizado Hoje: 12/15/2025

Keeley Pedal de efeitos Seafoam Plus Vibrato Chorus, Azul (KSea2)

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O Keeley Seafoam Plus é a escolha definitiva para o guitarrista que busca qualidade de estúdio em um formato compacto. Este pedal não é apenas um chorus simples, ele é um processador de modulação de alta fidelidade.

Seu diferencial está na capacidade de alternar entre um chorus tradicional, vibrato e um modo "ADT" (Automatic Double Tracker), que simula a dobra de vozes e guitarras famosa nas gravações dos Beatles.

Para músicos que tocam gêneros como Shoegaze ou Indie Rock, a capacidade de ajustar o "Space" e a profundidade cria atmosferas imersivas que poucos pedais conseguem replicar.

A construção interna digital deste pedal permite uma relação sinal-ruído extremamente baixa, ideal para gravações profissionais. O controle de mixagem é preciso, permitindo que você vá de um brilho sutil a uma oscilação náusea de vibrato total.

Se você valoriza a versatilidade e precisa de um pedal que soe tão bem em um amplificador valvulado quanto ligado direto em uma interface de áudio, o Seafoam Plus justifica o investimento.

Prós
  • Modo ADT exclusivo para texturas de dobra
  • Baixíssimo nível de ruído
  • Controles de equalização internos para ajuste fino
  • Construção robusta americana
Contras
  • Preço elevado em comparação a modelos padrão
  • Curva de aprendizado para dominar todos os modos

2. Tonebird MXR M68 Uni-Vibe Chorus Vibrato

Este pedal é obrigatório para os devotos de Jimi Hendrix, David Gilmour e Robin Trower. O MXR M68 Uni-Vibe recria a lendária modulação de fase e amplitude que definiu o som do rock psicodélico do final dos anos 60.

Diferente de um chorus moderno, o Uni-Vibe tem uma pulsação orgânica e "gorda" que interage magnificamente com pedais de fuzz e overdrive. Ele é ideal para quem toca Blues e Classic Rock e sente falta daquela textura tridimensional nos solos.

A simplicidade é o ponto forte aqui. Com apenas três botões (Speed, Level, Depth) e uma chave para alternar entre Chorus e Vibrato, você encontra o som desejado em segundos. O modo Chorus oferece a clássica oscilação "molhada", enquanto o modo Vibrato remove o sinal seco para criar uma desafinação cíclica hipnotizante.

Para quem busca autenticidade histórica sem carregar um equipamento vintage gigante e barulhento, esta reedição da MXR é imbatível.

Prós
  • Timbre clássico e autêntico de Uni-Vibe
  • Interface simples e intuitiva
  • Funciona excepcionalmente bem com distorção
  • Tamanho compacto para pedalboards lotados
Contras
  • Menos versátil para estilos modernos e limpos
  • Não possui tap tempo

3. SONICAKE 5th Dimension Modulação Digital 11 Modos

Custo-benefício
RecomendadoAtualizado Hoje: 12/15/2025

SONICAKE Pedal de efeitos de guitarra de modulação digital 5ª dimensão 11 modos de fase, flanger, chorus, tremolo, vibrato, autowah

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O SONICAKE 5th Dimension é a solução perfeita para iniciantes ou músicos que precisam de um "canivete suíço" de modulações sem gastar muito. Ele oferece 11 tipos de efeitos digitais, incluindo variações de chorus, vibrato, flanger e phaser.

Para quem toca em bandas de baile ou covers e precisa de uma ampla gama de sons para diferentes músicas, este pedal resolve o problema de ter que comprar vários pedais individuais.

Apesar de ser uma unidade digital de entrada, a qualidade dos algoritmos é surpreendente para o preço. O modo de vibrato é competente e os chorus variam de sutis a intensos. O formato mini economiza espaço precioso no setup.

No entanto, ele não permite o ajuste fino de parâmetros como "tone" ou "shape" da onda, limitando-se a controles básicos de mixagem, profundidade e velocidade. É uma ferramenta de conveniência acima de tudo.

Prós
  • Custo-benefício excelente
  • 11 efeitos em uma única unidade
  • Construção em metal resistente
  • Tamanho extremamente compacto
Contras
  • Falta de controles profundos de equalização
  • Sensação digital pode desagradar puristas analógicos

4. Mooer Soul Shiver Modulação Chorus Vibrato Rotary

Se o seu foco é a sonoridade vintage dos anos 60 e 70, especificamente a simulação de caixas rotativas (Rotary Speaker), o Mooer Soul Shiver é o especialista nessa área. Este micro pedal é ideal para guitarristas que querem emular sons de órgão Hammond ou texturas psicodélicas sem ocupar metade do pedalboard.

Ele oferece três modos distintos. Chorus, Vibrato e Rotary, com uma ênfase clara na vibe retrô.

O modo Rotary é o destaque, adicionando uma complexidade de movimento ao som que um chorus comum não consegue atingir. Para músicos de Jazz Fusion ou Rock Progressivo, essa textura é fundamental.

O pedal é True Bypass, garantindo que seu sinal passe limpo quando o efeito não está em uso. A ressalva fica por conta dos botões pequenos, padrão da linha micro da Mooer, que podem ser difíceis de ajustar no meio de uma apresentação escura.

Prós
  • Excelente simulação de Rotary Speaker
  • Estética e sonoridade psicodélica autêntica
  • Ocupa espaço mínimo no board
  • Preço acessível para a qualidade sonora
Contras
  • Knobs pequenos dificultam ajustes rápidos
  • Pode gerar ruído se a fonte de energia não for isolada

5. Acouto Pedal 2 em 1 Chorus e Vibrato Metal

Este modelo da Acouto atrai músicos que buscam funcionalidade dupla com acionamento independente ou simplificado. A proposta aqui é ter o efeito de chorus e vibrato acessíveis, muitas vezes permitindo alternar ou somar texturas dependendo do circuito específico do modelo 2 em 1.

É uma opção viável para quem está montando o primeiro pedalboard e quer experimentar como esses dois efeitos interagem.

A construção em metal sugere durabilidade, adequada para o uso em ensaios e pequenos gigs. No entanto, por ser um produto de marca genérica, a consistência do controle de qualidade pode variar.

O som tende a ser funcional e direto, sem as nuances harmônicas de pedais de boutique, mas cumpre o papel de adicionar movimento e profundidade a acordes limpos ou dedilhados.

Prós
  • Carcaça de metal resistente
  • Conceito 2 em 1 prático
  • Fácil de operar
Contras
  • Timbre pode soar genérico
  • Documentação e suporte limitados

6. Nobels CHO-mini Chorus Mini com 3 Modos

A Nobels é conhecida pelo lendário overdrive ODR-1, e traz essa engenharia para o CHO-mini. Este pedal é para o guitarrista prático que valoriza a transparência e a eficiência. O formato mini esconde um som grande e expansivo.

Embora rotulado principalmente como Chorus, seus modos permitem alcançar texturas de vibrato ao elevar a profundidade e ajustar a taxa de oscilação, oferecendo uma modulação limpa e moderna.

A clareza é a marca registrada deste modelo. Ele não embola o som, mesmo com acordes complexos ou com alta distorção. É uma excelente escolha para guitarristas de Pop e Worship que precisam de um "shimmer" constante no som sem que ele se torne enjoativo.

A qualidade de construção é superior à média dos pedais mini genéricos, garantindo longevidade no seu setup.

Prós
  • Alta transparência sonora
  • Marca com histórico de confiabilidade
  • Ideal para sons limpos e modernos
  • Design robusto
Contras
  • Controles limitados em comparação a unidades maiores
  • Foco maior em chorus do que em vibrato puro

7. Cube Baby Multi-Efeitos Guitarra Delay Chorus

O Cube Baby foge da categoria de pedal único e entra no território das pedaleiras compactas multi-efeitos. Este dispositivo é a solução final para o músico de rua (busker) ou para quem pratica em casa e precisa de mobilidade total.

Além de Chorus e modulações, ele inclui pré-amplificadores, Impulse Responses (IR) e bateria recarregável interna. Você não precisa de fonte externa nem de amplificador para tirar um som processado dele direto para fones ou mesa.

As modulações de chorus e vibrato inclusas são digitais e funcionais. Elas não competem em profundidade orgânica com um MXR analógico, mas oferecem a conveniência de ter tudo em um só lugar.

A capacidade de carregar IRs melhora drasticamente o som quando ligado em linha. Se você precisa de um "backup" de emergência para shows ou uma ferramenta de estudo portátil que caiba no bag da guitarra, o Cube Baby é imbatível em utilidade.

Prós
  • Solução tudo-em-um com bateria interna
  • Suporte a IR (Impulse Response)
  • Portabilidade extrema
  • Saída para fone de ouvido e gravação via celular
Contras
  • Qualidade das modulações é inferior a pedais dedicados
  • Interface pode ser confusa para ajustes finos

Analógico vs Digital: Qual Modulação Escolher?

A escolha entre circuitos analógicos e digitais define o caráter do seu som. Pedais analógicos, que utilizam chips BBD, tendem a ter um som mais escuro, quente e orgânico. Eles se misturam de forma natural com o sinal da guitarra, criando uma "cola" sonora agradável.

São perfeitos para estilos vintage, rock clássico e blues. O MXR Uni-Vibe é um exemplo clássico dessa sonoridade rica e imperfeita.

Por outro lado, pedais digitais utilizam processamento de sinal (DSP) para recriar os efeitos. A vantagem é a clareza cristalina, a ausência de ruído de fundo e a capacidade de oferecer múltiplos modos em uma única caixa, como visto no SONICAKE 5th Dimension.

Se você precisa de um chorus estéreo brilhante estilo anos 80 ou modulações experimentais complexas, o digital oferece ferramentas que o analógico não consegue alcançar fisicamente.

Como Posicionar o Pedal na Cadeia de Sinal?

A posição do pedal de chorus ou vibrato altera drasticamente o resultado final. Tradicionalmente, modulações são colocadas **após** os pedais de ganho (overdrive, distorção, fuzz) e **antes** dos pedais de ambiência (delay, reverb).

Colocar o chorus depois da distorção garante que o efeito de modulação seja aplicado ao som já distorcido, resultando em um timbre moderno, limpo e pronunciado, típico do rock dos anos 80.

No entanto, para emular sons psicodélicos dos anos 60 (como Hendrix), experimente colocar o pedal de vibrato ou Uni-Vibe **antes** da distorção. Isso faz com que a modulação distorça junto com o sinal, criando uma textura suja, agressiva e pulsante.

Se o seu amplificador possui um Loop de Efeitos (Send/Return), colocar o chorus ali geralmente resulta na maior clareza possível, pois o efeito ocorre após o pré-amplificador.

Diferenças Sonoras: Chorus, Vibrato e Rotary

  • Chorus: O efeito duplica o sinal da sua guitarra, atrasa levemente a cópia e modula a afinação dela, misturando-a com o sinal original. O resultado é um som de "coro", parecendo que mais de um instrumento está tocando a mesma nota. É ideal para preencher o som em trios ou dar vida a dedilhados limpos.
  • Vibrato: Diferente do chorus, o vibrato modula a afinação de todo o sinal (100% Wet), sem misturar com o som original. Isso cria uma oscilação de pitch para cima e para baixo. É o efeito que simula a técnica de vibrato manual ou a alavanca da guitarra, excelente para solos expressivos e texturas "lo-fi".
  • Rotary: Simula o som de um alto-falante Leslie giratório. Ele combina modulação de pitch (vibrato) com modulação de amplitude (tremolo) e o efeito Doppler físico. O som é tridimensional e complexo, remetendo imediatamente a órgãos Hammond e rock clássico.

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