Qual o Melhor iPad para Artistas Digitais: Pro vs Air

Escolher o iPad certo para seu trabalho artístico vai além do preço. Este guia analisa os recursos que definem a experiência de desenho, como a tela ProMotion, a precisão da Apple Pencil e o poder dos chips M-series.

Ajudaremos você a decidir entre os modelos iPad Pro e iPad Air, garantindo que seu investimento impulsione sua criatividade e atenda às demandas do seu fluxo de trabalho, seja você um iniciante ou um profissional estabelecido.

Quatro pilares sustentam a experiência de um artista digital no iPad: a tela, o desempenho, a caneta e o armazenamento. A qualidade da tela determina a fidelidade das cores e a fluidez do traço.

A tecnologia ProMotion, por exemplo, oferece uma taxa de atualização de 120Hz que torna o desenho mais natural. A laminação da tela, que une o vidro ao display, reduz o espaço entre a ponta da caneta e a linha digital, aumentando a precisão.

O desempenho, ditado pelo chip, como os da série M, define sua capacidade de trabalhar com arquivos grandes, múltiplas camadas no Procreate e renderizações complexas sem lentidão.

A compatibilidade com a Apple Pencil, especialmente a segunda geração, oferece gestos práticos e carregamento magnético. Por fim, o armazenamento interno precisa ser suficiente para guardar seus projetos de alta resolução, aplicativos e todo o seu portfólio sem preocupações.

O iPad Pro é a escolha definitiva para o artista profissional que não aceita concessões. Equipado com os chips mais potentes da Apple, ele gerencia projetos de animação, modelagem 3D e arquivos do Procreate com dezenas de camadas em alta resolução sem esforço.

Sua principal vantagem é a tela com tecnologia ProMotion, que entrega uma resposta visual imediata ao movimento da Apple Pencil. Para quem trabalha com cores de forma crítica, o display Liquid Retina XDR do modelo de 12.

9 polegadas oferece um brilho e contraste superiores, ideal para conteúdo HDR. Este é o iPad para quem busca o máximo de desempenho e a melhor experiência de desenho disponível.

O iPad Air representa o equilíbrio perfeito entre custo e benefício para a maioria dos artistas digitais. Ele traz o poder de um chip da série M, o mesmo encontrado em alguns modelos Pro e até em MacBooks, garantindo performance de sobra para aplicativos como Procreate e Clip Studio Paint.

A tela é totalmente laminada, eliminando o parallax, e ele é compatível com a Apple Pencil de 2ª geração. A grande diferença para o Pro é a ausência da tecnologia ProMotion, resultando em uma tela de 60Hz.

Para muitos, a diferença na fluidez do traço é sutil, tornando o Air a opção inteligente para estudantes, freelancers e até profissionais que desejam um desempenho excelente sem o custo adicional dos recursos exclusivos do Pro.

O iPad de entrada e o iPad mini servem a nichos específicos. O iPad básico é uma porta de entrada acessível para quem está começando. Sua principal desvantagem para o desenho sério é a tela não laminada, que cria um pequeno espaço visível entre a ponta da caneta e o traço digital.

O iPad mini, por sua vez, é uma ferramenta fantástica para esboços rápidos e anotações em movimento, graças à sua portabilidade. Contudo, sua tela menor pode ser restritiva para projetos complexos e peças detalhadas, sendo mais um caderno de esboços digital do que um estúdio completo.

Liquid Retina é o nome que a Apple dá às suas telas LCD de alta qualidade, presentes em modelos como o iPad Air. Elas oferecem excelente reprodução de cores, brilho e nitidez, sendo perfeitamente adequadas para a maioria dos trabalhos artísticos.

A experiência de visualização é premium e consistente.

ProMotion, disponível apenas nos modelos de iPad Pro, é o que realmente transforma a experiência de desenhar. Esta tecnologia permite que a tela ajuste sua taxa de atualização dinamicamente até 120Hz.

Para um artista, isso significa que a latência da Apple Pencil é drasticamente reduzida. O traço aparece na tela de forma quase instantânea, seguindo sua mão com uma fluidez que se aproxima muito da sensação de desenhar no papel.

Em uma tela padrão de 60Hz, como a do iPad Air, existe um atraso mínimo, porém perceptível para olhos treinados, entre o movimento da caneta e a aparição da linha.

Existe ainda a tela Liquid Retina XDR, exclusiva do iPad Pro de maior tamanho. Baseada em tecnologia mini-LED, ela oferece níveis de preto profundos e um contraste muito superior, similar ao de uma tela OLED.

Para artistas que trabalham com fotografia, edição de vídeo em HDR ou ilustrações que exigem controle extremo sobre zonas escuras e claras, essa tela faz uma diferença notável na precisão do trabalho.

• Apple Pencil (2ª geração): É o padrão ouro para artistas. Compatível com iPad Pro, Air e mini recentes, ela se prende magneticamente à lateral do iPad para emparelhar e carregar. Seu design com uma borda chata melhora a pegada e impede que role na mesa. O recurso de toque duplo na ponta, configurável para alternar entre pincel e borracha, otimiza o fluxo de trabalho.
• Apple Pencil (USB-C): Uma opção mais acessível que funciona com os iPads mais novos. Oferece a mesma precisão e baixa latência de modelos superiores, mas com uma limitação crítica para artistas: a ausência de sensibilidade à pressão. Sem isso, você não consegue variar a espessura do traço aplicando mais ou menos força. É ótima para anotações, mas inadequada para ilustração profissional.
• Apple Pencil (1ª geração): Destinada aos iPads de entrada e modelos mais antigos. Funciona bem e tem sensibilidade à pressão, mas seu design é menos prático. O carregamento é feito conectando a caneta na porta Lightning do iPad, uma solução desajeitada e propensa a acidentes. Seu formato totalmente cilíndrico também a torna fácil de perder.

O espaço de armazenamento é um fator crítico para artistas digitais. Arquivos de arte, especialmente no Procreate, podem consumir gigabytes de espaço. Uma única ilustração em alta resolução (300 DPI) com muitas camadas pode facilmente ultrapassar 1GB.

Além disso, a quantidade de RAM do iPad, que influencia diretamente o número máximo de camadas que você pode usar, costuma estar atrelada aos modelos com maior armazenamento. Escolher pouco espaço significa ter que gerenciar arquivos constantemente, exportando projetos para a nuvem e apagando-os do dispositivo, o que interrompe o fluxo criativo.

• 128GB: Considerado o mínimo funcional para um artista digital. É suficiente para quem está começando ou para quem tem um fluxo de trabalho disciplinado, movendo projetos finalizados para um armazenamento externo. Você terá que gerenciar o espaço com frequência.
• 256GB: O ponto de equilíbrio para a maioria dos artistas. Oferece espaço confortável para o sistema operacional, aplicativos pesados como Procreate e Clip Studio Paint, e uma boa quantidade de projetos ativos sem a necessidade de limpeza constante.
• 512GB ou mais: Recomendado para profissionais. Se você trabalha com animação, arquivos de vídeo, modelagem 3D ou simplesmente deseja manter um portfólio extenso e todos os seus projetos acessíveis no iPad, esta é a escolha certa. Os modelos de 1TB e 2TB do iPad Pro também vêm com o dobro de RAM (16GB), permitindo um número muito maior de camadas em arquivos de alta resolução.