Qual o Melhor Direct Box: Ativo ou Passivo?

Mariana Rodrígues Rivera
Mariana Rodrígues Rivera
8 min. de leitura

Escolher um direct box pode parecer uma tarefa simples, mas a diferença entre um modelo ativo e um passivo impacta diretamente a qualidade do seu som. Este guia analisa os 5 melhores modelos do mercado para ajudar você a entender qual tecnologia é a ideal para seu instrumento, seja para o palco ou estúdio.

Aqui, você aprenderá a função de um DI, como ele transforma o seu sinal e qual equipamento vai eliminar de vez os ruídos indesejados, garantindo um áudio limpo e profissional.

Sinal Balanceado e Impedância: Entenda a Função

A principal função de um direct box, ou DI, é converter um sinal de áudio não balanceado e de alta impedância em um sinal balanceado de baixa impedância. Instrumentos como guitarras, baixos e teclados geram sinais não balanceados, que são suscetíveis a ruídos e perda de qualidade em cabos longos.

Mesas de som e interfaces de áudio, por outro lado, funcionam melhor com sinais balanceados, como os de microfones.

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O DI faz essa "tradução". Ele casa a impedância do seu instrumento com a da mesa de som, preservando o timbre original e a integridade do áudio. Além disso, o sinal balanceado permite que você use cabos muito mais longos sem captar interferências elétricas, como o famoso zumbido de 60Hz.

Em resumo, um direct box é a ponte essencial entre seu instrumento e o sistema de som profissional.

Análise Completa: Os 5 Melhores Direct Boxes

1. Behringer DI20 Direct Box Ativo

O Behringer DI20 é uma ferramenta de áudio notavelmente versátil para seu preço. Este direct box ativo se destaca pela capacidade de operar em modo de dois canais mono ou um canal estéreo, uma flexibilidade raramente encontrada em modelos de entrada.

Outro recurso valioso é o modo "Split", que duplica o sinal de entrada, permitindo enviar o som para a mesa de som e, simultaneamente, para um amplificador no palco. A alimentação dupla, via bateria de 9V ou phantom power da mesa, adiciona uma camada de conveniência para diferentes situações.

Este DI é a escolha ideal para o músico prático que precisa de múltiplas soluções em um único aparelho. Tecladistas se beneficiarão da entrada estéreo para manter a imagem de seus patches, enquanto guitarristas e baixistas encontrarão no modo Split a solução perfeita para monitoramento de palco.

Para donos de home studio com orçamento limitado, o DI20 oferece duas canais de DI pelo preço de um, otimizando o investimento e o espaço.

Prós
  • Modo 2 canais/estéreo oferece grande flexibilidade
  • Função Split para enviar sinal para o amplificador e PA
  • Alimentação via bateria 9V ou phantom power
  • Construção metálica robusta para o preço
Contras
  • O circuito ativo pode introduzir um ruído de fundo sutil em volumes muito altos
  • O compartimento da bateria pode ser difícil de acessar

2. Santo Ângelo DBA1 Direct Box Ativo

O Santo Ângelo DBA1 é um direct box ativo que foca em fazer o trabalho essencial com competência e confiabilidade. Projetado para ser robusto e direto ao ponto, ele fornece um sinal limpo e forte, especialmente para instrumentos com captadores passivos.

Seu circuito ativo ajuda a compensar a perda de sinal, entregando um som mais encorpado e presente na mixagem. Possui os controles fundamentais: um botão de ground lift para eliminar ruídos de aterramento e uma chave de atenuação (PAD) para fontes de áudio muito altas.

Este modelo é perfeito para músicos que tocam instrumentos acústicos, como violão com captador piezo, ou baixistas com instrumentos passivos. A pré-amplificação do DBA1 garante que o timbre fraco e sem corpo, comum ao ligar esses instrumentos diretamente na mesa, seja corrigido.

Músicos de igreja, bandas de pequeno e médio porte e estúdios que buscam um DI ativo confiável e sem complicações encontrarão no Santo Ângelo uma solução nacional de excelente qualidade.

Prós
  • Ideal para fortalecer o sinal de instrumentos passivos
  • Construção sólida e design pensado para o palco
  • Inclui chave de atenuação (PAD) para sinais quentes
  • Ótima relação custo-benefício para um DI ativo
Contras
  • Alimentação exclusiva via phantom power, limitando o uso com mesas que não oferecem o recurso
  • Não possui a versatilidade de modos estéreo ou split

3. Whirlwind IMP 2 Direct Box Passivo

O Whirlwind IMP 2 é uma lenda no mundo do áudio profissional. Este direct box passivo é sinônimo de durabilidade e confiabilidade. Construído com um chassi de aço rebitado, ele é projetado para sobreviver a décadas de abuso na estrada.

Sua operação é baseada em um transformador de alta qualidade que isola o sinal, elimina ruídos e faz a conversão de impedância de forma transparente, sem a necessidade de alimentação externa.

A simplicidade é sua maior virtude: ele simplesmente funciona, sempre.

Para técnicos de som, produtoras de eventos e locais de show, o IMP 2 é o padrão da indústria. Ele é a ferramenta ideal para conectar instrumentos com sinal de saída forte, como teclados, baixos ativos, baterias eletrônicas e guitarras com pedalboards que possuem buffers.

Se você precisa de um equipamento que nunca vai te deixar na mão e que lida com altos níveis de sinal sem distorcer, o Whirlwind IMP 2 é o investimento mais seguro que você pode fazer.

Prós
  • Construção praticamente indestrutível
  • Confiabilidade testada e aprovada pela indústria por décadas
  • Não necessita de bateria ou phantom power
  • Excelente para instrumentos com sinal de saída ativo e forte
Contras
  • Por ser passivo, pode atenuar levemente os agudos de instrumentos passivos com captadores de baixo ganho
  • Preço mais elevado em comparação com modelos de entrada

4. Waldman DI 1PS Direct Box Passivo

O Waldman DI 1PS se posiciona como uma solução extremamente acessível para quem precisa das funções básicas de um direct box passivo. Ele realiza a conversão de impedância e o balanceamento do sinal, permitindo conectar instrumentos a sistemas de som sem grandes investimentos.

O design é compacto e funcional, incluindo um switch de ground lift, que é uma ferramenta indispensável para resolver problemas de ruído de aterramento em qualquer cenário, do home studio ao palco.

Este DI é destinado a iniciantes, músicos com orçamento muito restrito ou para quem precisa de uma unidade de backup. Se você toca um teclado ou um baixo ativo e precisa apenas de uma forma segura de conectar seu instrumento à mesa de som de um pequeno bar ou igreja, o DI 1PS cumpre a função.

Ele é uma ferramenta pragmática para resolver um problema comum de forma econômica, sem entregar recursos avançados.

Prós
  • Preço extremamente competitivo
  • Design compacto e leve, fácil de transportar
  • Inclui a função essencial de ground lift
Contras
  • A qualidade do transformador interno pode colorir o som ou causar perda de sinal mais perceptível que em modelos superiores
  • A construção, embora metálica, pode não suportar o uso intenso e contínuo da estrada

5. Hayonik DB100 Direct Box Passivo

O Hayonik DB100 é outra opção de entrada no segmento de direct boxes passivos. Ele oferece as conexões padrão esperadas: uma entrada P10 para o instrumento, uma saída XLR balanceada para a mesa e uma saída paralela (Thru) P10 para ligar em um amplificador.

Esta última característica é um ponto positivo, pois facilita o monitoramento no palco. Sua carcaça de metal oferece uma proteção adequada para o circuito interno contra os desafios do uso regular.

Para quem está montando seu primeiro setup de som ao vivo ou um pequeno estúdio em casa, o DB100 é uma escolha funcional. É indicado para instrumentos com eletrônica ativa, que já fornecem um sinal robusto.

Músicos que precisam de uma solução barata para tocar em igrejas, pequenos eventos ou ensaios encontrarão no Hayonik DB100 um equipamento que entrega o resultado básico esperado de um DI passivo.

Prós
  • Excelente custo-benefício
  • Saída paralela (Thru) para monitoramento no palco
  • Operação simples e direta, sem necessidade de alimentação
Contras
  • Pode haver uma pequena perda de frequências agudas, especialmente com instrumentos passivos
  • Os componentes internos são básicos, não sendo ideais para gravações de alta fidelidade

Comparativo: Direct Box Ativo vs. Passivo

A escolha entre um DI ativo ou passivo depende do seu instrumento.

  • Direct Box Ativo: Possui um circuito de pré-amplificação e necessita de energia, seja de uma bateria 9V ou do phantom power (+48V) da mesa de som. É a melhor escolha para instrumentos com sinal de saída fraco, como captadores passivos de baixo e violão. Ele fortalece o sinal antes de enviá-lo, resultando em um som mais cheio e com menos perda de timbre.
  • Direct Box Passivo: Usa um transformador para converter o sinal e não precisa de energia para funcionar. É a opção ideal para instrumentos com sinal de saída forte, como teclados, baixos ativos, baterias eletrônicas ou guitarras passando por pedais com buffer. Ele lida com altos níveis de sinal sem distorcer e isola eletricamente os equipamentos, ajudando a evitar ruídos.

O que é o Botão Ground Lift e Quando Usar?

O botão "Ground Lift" (ou LFT) é uma das ferramentas mais importantes de um direct box. Sua função é desconectar o pino 1 do conector XLR, que é o fio terra do cabo de áudio. Isso serve para quebrar um "loop de terra", uma causa comum de zumbidos e ruídos elétricos (hum de 60Hz).

Esse problema ocorre quando diferentes equipamentos de áudio estão conectados a tomadas diferentes, criando múltiplos caminhos para o aterramento.

Você deve usar o Ground Lift de forma simples: se ouvir um zumbido elétrico constante após conectar tudo, aperte o botão. Se o ruído desaparecer, o problema era um loop de terra e você deve deixar o botão acionado.

Se o ruído não mudar ou piorar, desative-o. É uma chave de diagnóstico e solução rápida para um dos problemas mais irritantes em sistemas de som.

Preciso de Phantom Power para Usar um DI?

A necessidade de phantom power depende exclusivamente do tipo de direct box que você está usando. Se você tem um DI passivo, a resposta é não. Ele funciona sem qualquer tipo de alimentação elétrica externa.

Se você tem um DI ativo, a resposta é sim, ele precisa de energia. Essa energia pode vir de duas fontes: uma bateria interna de 9V ou o phantom power (+48V) fornecido pela mesa de som ou interface de áudio através do cabo XLR.

Verifique se seu DI ativo possui compartimento para bateria. Caso contrário, você dependerá de uma mesa de som com o recurso de phantom power para que ele funcione.

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