Qual o Melhor Contrabaixo 5 Cordas para Iniciantes

Mariana Rodrígues Rivera
Mariana Rodrígues Rivera
10 min. de leitura

Escolher o primeiro contrabaixo de 5 cordas é um passo importante na sua evolução musical. A corda extra grave abre um novo leque de possibilidades sonoras, essencial para estilos como gospel, metal moderno e pop.

Este guia analisa os 8 melhores modelos para iniciantes, comparando características, madeiras e circuitos. O objetivo é ajudar você a encontrar o instrumento que oferece o melhor conforto, timbre e custo-benefício para seus estudos e primeiras apresentações.

Como Escolher seu Primeiro Contrabaixo de 5 Cordas

Antes de analisar os modelos, entenda os fatores que definem um bom baixo para iniciantes. O primeiro é o conforto. O braço de um contrabaixo de 5 cordas é mais largo que o de 4 cordas, então a ergonomia e o peso do instrumento são fundamentais para longas sessões de estudo.

Outro ponto é o tipo de circuito, ativo ou passivo, que influencia diretamente a versatilidade do timbre. Por fim, considere o seu orçamento e os estilos musicais que você pretende tocar.

Um baixo para rock pode ter características diferentes de um para jazz ou música gospel.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Análise: 8 Melhores Contrabaixos para Começar

Analisamos modelos de diferentes marcas e faixas de preço, todos com boa reputação no mercado. A seleção inclui opções com circuitos ativos e passivos, diferentes configurações de captadores e madeiras, oferecendo um panorama completo para sua decisão.

1. Tagima Millenium 5 Ativo: Versatilidade Moderna

O Tagima Millenium 5 é frequentemente recomendado para iniciantes e intermediários, e por boas razões. Seu principal trunfo é o circuito ativo de 9V, que oferece um equalizador de 3 bandas (graves, médios e agudos).

Isso permite que você molde seu som com grande precisão, tornando o baixo extremamente versátil para diferentes gêneros musicais. A configuração de captadores, com dois soapbars, entrega um som limpo, moderno e com bom peso, sem os ruídos de single-coils.

Este contrabaixo é a escolha ideal para o músico que pretende tocar em igrejas, bandas de pop ou qualquer estilo que exija um timbre moderno e adaptável. O braço em maple é confortável, embora um pouco mais robusto.

Para quem busca um instrumento que já entrega um som pronto e polido, com muitas opções de equalização sem depender de pedais ou amplificadores complexos, o Tagima Millenium 5 é uma das melhores opções de entrada no mercado.

Prós
  • Circuito ativo com equalizador de 3 bandas oferece grande versatilidade sonora.
  • Captadores soapbar produzem um som limpo e moderno.
  • Excelente custo-benefício para um baixo ativo.
  • Bom acabamento e construção para a faixa de preço.
Contras
  • A necessidade de bateria pode ser um incômodo para alguns iniciantes.
  • O som pode ser considerado um pouco estéril por quem prefere timbres vintage.
  • O peso do instrumento pode ser um fator para músicos de menor estatura.

2. Tagima TJB-5: O Clássico Estilo Jazz Bass

Inspirado no lendário Fender Jazz Bass, o Tagima TJB-5 oferece o timbre clássico que marcou gêneros como funk, soul, jazz e rock. Equipado com dois captadores single-coil no estilo Jazz Bass e um circuito passivo, este baixo entrega um som estalado, com médios bem definidos e agudos presentes.

Os dois controles de volume (um para cada captador) e o controle de tonalidade geral permitem misturar os sinais e encontrar uma variedade de timbres, do som mais gordo do captador do braço ao mais articulado da ponte.

Se você é um fã de baixistas como Jaco Pastorius ou Marcus Miller e busca um som com "rosnado" e dinâmica, o TJB-5 é o caminho certo. Por ser passivo, ele responde muito bem à dinâmica da sua tocada, o que é ótimo para o aprendizado.

É a escolha perfeita para o iniciante que quer um som clássico, sem a complicação de um circuito ativo, e pretende explorar estilos onde a articulação e a definição das notas são fundamentais.

Prós
  • Timbre clássico de Jazz Bass, ideal para funk, soul e jazz.
  • Circuito passivo simples e direto, sem necessidade de bateria.
  • Ótima resposta à dinâmica do músico.
  • Braço geralmente mais fino e confortável que outros modelos de 5 cordas.
Contras
  • Captadores single-coil podem gerar ruído (hum) em ambientes com interferência elétrica.
  • Menos versátil para timbres modernos e pesados quando comparado a um baixo ativo.
  • A corda Si (B) grave pode soar com menos definição em alguns exemplares.

3. Yamaha TRBX 305: Qualidade Superior para Iniciantes

O Yamaha TRBX 305 representa um salto em qualidade de construção e componentes. O corpo em mogno sólido entrega um som quente e com muito sustain. Seus captadores humbucker duplos com peças polares grandes garantem um sinal forte, encorpado e sem ruídos.

O grande diferencial deste modelo é o circuito ativo com o seletor "Performance EQ" de 5 posições, que oferece presets de equalização para diferentes técnicas: Slap, Pick, Flat, Finger e Solo.

Isso simplifica a busca pelo timbre certo.

Este contrabaixo é para o iniciante que leva os estudos a sério e está disposto a investir um pouco mais em um instrumento que vai durar por muitos anos, servindo bem até em palcos profissionais.

Se você busca um baixo robusto, com acabamento impecável e uma solução de timbre prática e eficiente, o TRBX 305 é imbatível. A ergonomia do corpo e o braço de 5 peças em maple e mogno oferecem conforto e estabilidade superiores.

Prós
  • Qualidade de construção e acabamento Yamaha.
  • Circuito ativo com presets de EQ facilita encontrar o timbre certo.
  • Captadores humbucker potentes e silenciosos.
  • Corpo em mogno proporciona som quente e com ótimo sustain.
Contras
  • Preço mais elevado em comparação com outros modelos para iniciantes.
  • A quantidade de controles e o seletor de EQ podem ser intimidantes no começo.
  • O som é decididamente moderno, o que pode não agradar quem busca um timbre vintage.

4. Giannini GB205A Ativo: Tradição e Bom Custo-Benefício

A Giannini é uma marca brasileira tradicional que oferece instrumentos com bom custo-benefício. O GB205A segue essa linha, entregando um contrabaixo ativo de 5 cordas a um preço competitivo.

Ele possui uma configuração de captadores PJ, com um captador Precision no braço e um Jazz Bass na ponte. Isso proporciona uma ótima flexibilidade sonora: você pode ter o som gordo e pesado do P-Bass, o som articulado do J-Bass ou uma mistura de ambos.

O GB205A é perfeito para o baixista iniciante que está indeciso entre os timbres clássicos e quer experimentar de tudo um pouco. O circuito ativo com equalizador de 2 bandas (grave e agudo) ajuda a refinar ainda mais o som.

Se você procura um instrumento versátil para tocar rock, pop e até música brasileira, e não quer gastar muito, o Giannini GB205A é uma escolha sólida e confiável, apoiada por uma marca com longa história no Brasil.

Prós
  • Configuração de captadores PJ oferece grande flexibilidade de timbres.
  • Circuito ativo que expande as possibilidades sonoras.
  • Preço acessível para um baixo ativo de 5 cordas.
  • Marca nacional com boa reputação e suporte.
Contras
  • A qualidade de acabamento pode variar entre as unidades.
  • O circuito ativo é mais simples, com apenas 2 bandas de EQ.
  • Os captadores originais podem carecer de definição em comparação com modelos mais caros.

5. Tagima XB-21 5: A Opção Mais Acessível

O Tagima XB-21 5 foi projetado com um objetivo claro: ser o primeiro baixo de 5 cordas de muitos músicos. Com um preço extremamente competitivo, ele oferece os recursos básicos para quem está começando e tem um orçamento limitado.

O circuito é passivo e a configuração de captadores PJ (um Precision e um Jazz Bass) garante uma boa dose de versatilidade, permitindo explorar desde sons mais graves e focados até timbres mais brilhantes e cortantes.

Este contrabaixo é para quem precisa de um instrumento funcional para iniciar os estudos sem fazer um grande investimento. Ele cumpre a função de introduzir o músico ao universo das cinco cordas, com uma tocabilidade decente e uma paleta de sons clássicos.

Se você busca a opção mais econômica possível para aprender o básico, praticar escalas e começar a tocar suas primeiras músicas, o XB-21 5 é a porta de entrada.

Prós
  • Preço extremamente acessível, ideal para orçamentos apertados.
  • Configuração de captadores PJ oferece boa versatilidade para iniciantes.
  • Circuito passivo simples de usar e sem necessidade de bateria.
  • Leve e com design moderno.
Contras
  • Componentes e hardware são de qualidade básica, refletindo o preço.
  • O som pode carecer de profundidade e definição nos graves.
  • Pode necessitar de uma regulagem profissional (setup) logo após a compra.

6. Waldman GJJ-205X: Estilo Jazz Bass Econômico

A Waldman se posiciona no mercado com instrumentos de baixo custo, e o GJJ-205X é sua interpretação do clássico Jazz Bass de 5 cordas. Ele traz o visual icônico e a configuração de dois captadores single-coil com controles de volume individuais e um de tonalidade.

O circuito passivo é direto ao ponto, ideal para quem não quer se preocupar com baterias ou equalizadores complexos.

Este modelo é uma alternativa direta ao Tagima TJB-5 para quem busca um som de Jazz Bass com um orçamento ainda mais restrito. É uma escolha adequada para estudantes que querem se focar em estilos como funk, R&B e jazz, e preferem o timbre estalado e articulado característico dessa configuração.

Se seu objetivo é ter a experiência de um J-Bass de 5 cordas gastando o mínimo possível, o Waldman GJJ-205X cumpre essa proposta.

Prós
  • Preço muito baixo para um baixo de 5 cordas no estilo Jazz Bass.
  • Visual clássico e atraente.
  • Sistema passivo simples e confiável.
  • Boa opção para quem quer um segundo baixo para estudo.
Contras
  • Qualidade de construção e componentes é a mais básica do mercado.
  • Pode apresentar ruído nos captadores single-coil.
  • O som da corda B grave pode ser indefinido e sem peso.
  • Acabamento e durabilidade são limitados.

7. Tagima TBM-5: O Som Encorpado do Humbucker

O Tagima TBM-5 é claramente inspirado em outro clássico, o Music Man StingRay. Sua característica principal é o grande captador humbucker posicionado próximo à ponte, que entrega um som potente, com médios agressivos e agudos cortantes.

Esse timbre é perfeito para rock, pop-rock e estilos que pedem um baixo que se destaque na mixagem. O circuito ativo com equalizador de 2 ou 3 bandas (dependendo da versão) permite esculpir esse som com precisão.

Para o iniciante que é fã de bandas como Red Hot Chili Peppers, Rage Against the Machine ou quer um som percussivo para slap, o TBM-5 é a escolha certa. Ele oferece um timbre distinto e poderoso que outros modelos desta lista não conseguem replicar.

Se você não se importa em ter menos versatilidade em troca de um som com personalidade forte e muita presença, este baixo é uma excelente opção.

Prós
  • Timbre icônico e potente, ideal para rock e slap.
  • Captador humbucker elimina ruídos.
  • Circuito ativo oferece bom controle sobre o som.
  • Visual marcante e construção robusta.
Contras
  • Menos versátil que modelos com dois captadores.
  • O som pode ser agressivo demais para estilos mais suaves.
  • O equalizador ativo consome bateria.

8. Seven SJB-57 Jazz Bass: Kit Completo com Bag

O Seven SJB-57 se destaca por oferecer não apenas o instrumento, mas um pacote inicial que inclui uma bag (capa). Isso é um grande atrativo para iniciantes, que economizam na compra de um acessório essencial para transporte e proteção.

O baixo em si segue o formato Jazz Bass, com corpo em basswood, braço em maple e dois captadores single-coil passivos. A proposta é entregar o som clássico e a tocabilidade familiar de um J-Bass.

Este kit é ideal para o músico que busca a máxima conveniência e quer começar a tocar imediatamente, sem se preocupar em adquirir acessórios separadamente. O SJB-57 é um concorrente direto dos modelos de entrada da Waldman e Tagima, com o bônus da bag inclusa.

Se você prioriza a praticidade de um kit e seu estilo musical se alinha com o timbre de um Jazz Bass, esta é uma opção a ser considerada.

Prós
  • Vem com uma bag, oferecendo ótimo valor inicial.
  • Configuração Jazz Bass passiva, testada e aprovada.
  • Preço competitivo para um kit completo.
  • Corpo em basswood torna o instrumento relativamente leve.
Contras
  • Qualidade dos componentes e da construção é de entrada.
  • Como todo J-Bass de baixo custo, pode apresentar ruído.
  • A bag inclusa é de material simples.
  • Pode precisar de regulagem para uma tocabilidade ideal.

Circuito Ativo vs. Passivo: Qual o ideal para você?

A escolha entre um circuito ativo e passivo é uma das decisões mais importantes. Um contrabaixo passivo tem um circuito simples: os captadores enviam o sinal diretamente para os controles de volume e tonalidade.

O som é orgânico e responde muito à sua dinâmica de toque. É o timbre clássico do rock, funk e soul. Eles não precisam de bateria.

Um contrabaixo ativo possui um pré-amplificador embutido, alimentado por uma bateria de 9V. Isso permite a inclusão de um equalizador com controles de grave, médio e agudo. O resultado é um sinal mais forte, um som mais moderno, limpo e com maior versatilidade.

Se você toca estilos variados ou precisa de um som mais polido e consistente, o circuito ativo é a melhor escolha. Para o iniciante, o passivo é mais simples, enquanto o ativo oferece mais ferramentas para modelar o timbre.

Madeiras e Captadores: O que Impacta no Timbre?

As madeiras do corpo e do braço influenciam o som. Madeiras como Basswood (usada em modelos de entrada) são leves e têm um timbre equilibrado. Mogno (Mahogany), como no Yamaha TRBX 305, oferece um som mais quente e com mais sustain.

O braço e a escala, geralmente em Maple, contribuem com brilho e definição.

Os captadores são o coração do timbre. As principais configurações são:

  • Jazz Bass (J): Dois captadores single-coil. Produzem um som brilhante, articulado e com médios definidos. Ótimo para funk, jazz e pop. Ex: Tagima TJB-5.
  • Precision (P): Um captador split-coil. Gera um som gordo, focado nos médios-graves e com "punch". É o som do rock clássico.
  • PJ: A combinação dos dois acima. Oferece o melhor dos dois mundos, sendo muito versátil. Ex: Giannini GB205A.
  • Humbucker/Soapbar: Captadores duplos que eliminam ruídos. Entregam um som cheio, potente e moderno. Ex: Tagima Millenium 5 e TBM-5.

Vale a Pena Começar com um Baixo de 5 Cordas?

Sim, vale muito a pena se os estilos musicais que você admira utilizam a corda Si (B) grave. Tocar em igrejas, bandas de metal, pop moderno ou música latina frequentemente exige essas notas mais baixas.

Começar em um 5 cordas já prepara você para esse repertório, sem a necessidade de uma futura adaptação.

O principal desafio é o braço mais largo, que pode exigir um pouco mais de força e precisão dos dedos. A distância entre as cordas também é menor. Contudo, com a prática, a adaptação ocorre naturalmente.

Se você não tem certeza, um baixo de 4 cordas é um caminho mais tradicional e simples, mas o de 5 cordas abre portas para um universo sonoro expandido desde o início.

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