Qual o Melhor Baixo de 6 Cordas Ativo? 4 Opções

Mariana Rodrígues Rivera
Mariana Rodrígues Rivera
7 min. de leitura

Escolher um baixo de 6 cordas ativo pode parecer uma tarefa complexa, mas é um passo fundamental para expandir suas possibilidades musicais. Um instrumento com essa configuração oferece um alcance sonoro maior, com graves mais profundos e agudos cristalinos, ideais para solos e arranjos complexos.

Este guia analisa em detalhes quatro dos melhores modelos disponíveis, comparando construção, captação e, o mais importante, para qual tipo de baixista cada um é indicado. Aqui você encontrará as informações necessárias para decidir entre gigantes como Tagima, Strinberg e Ibanez, garantindo uma escolha acertada.

Como Escolher um Baixo Ativo de 6 Cordas

Entender os componentes de um baixo de 6 cordas ativo é o primeiro passo para uma boa compra. O "ativo" se refere ao circuito de pré-amplificação embutido no instrumento, geralmente alimentado por uma bateria de 9V.

Esse sistema permite que você ajuste graves, médios e agudos diretamente no baixo, oferecendo um controle de timbre muito maior antes mesmo do sinal chegar ao amplificador. É uma ferramenta poderosa para moldar seu som em tempo real.

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As seis cordas expandem o registro padrão (E-A-D-G) com uma corda mais grave (Si) e uma mais aguda (). Isso abre portas para estilos como jazz, metal progressivo e gospel, que se beneficiam dessa extensão.

Fatores como o tipo de madeira, o formato do corpo, o perfil do braço e a qualidade da captação são determinantes. Instrumentos com uma escala de 35 polegadas, por exemplo, tendem a oferecer uma melhor definição na corda Si, um detalhe importante para quem busca clareza nos graves.

Análise: Os 4 Melhores Baixos de 6 Cordas Ativos

1. Tagima Millenium 6 Top Classic Series

O Tagima Millenium 6 Top é um verdadeiro cavalo de batalha, conhecido no mercado por sua confiabilidade e versatilidade. Com corpo em Okoume e um belo tampo em figured maple, ele combina uma estética clássica com uma sonoridade moderna.

Seus dois captadores no formato soap bar, combinados a um equalizador de 3 bandas, entregam uma paleta sonora ampla, capaz de se adaptar a diferentes contextos musicais com facilidade.

A construção é sólida, e o instrumento passa uma sensação de durabilidade.

Este baixo é a escolha perfeita para o músico de palco que toca em bandas de baile, igrejas ou projetos com repertórios variados. Se você precisa de um timbre versátil que funcione bem para pop, rock, sertanejo e funk, o Millenium 6 entrega.

O circuito ativo 9V permite esculpir o som rapidamente, garantindo que você se destaque ou se encaixe na mixagem conforme a necessidade. É o melhor custo-benefício em baixo de 6 cordas para quem busca um instrumento principal que não decepciona.

Prós
  • Timbre versátil graças ao equalizador de 3 bandas e captadores soap bar.
  • Excelente custo-benefício para a qualidade de construção e som.
  • Acabamento e visual atraentes com o tampo em figured maple.
Contras
  • O peso do instrumento pode causar desconforto em apresentações muito longas.
  • Os captadores, embora versáteis, podem não ter a definição extrema exigida para gravações em estúdios de ponta.

2. Strinberg Sab66 Dw Dark Wood 6 Cordas Ativo

O Strinberg Sab66 se destaca imediatamente pelo visual. Com seu acabamento em madeira escura (Dark Wood) e corpo em Ash, ele projeta uma imagem moderna e agressiva. A sonoridade acompanha a estética: o Ash é uma madeira que favorece os agudos e graves, resultando em um som percussivo, brilhante e com muito ataque.

É um timbre que corta a mixagem com precisão, ideal para estilos musicais mais densos e rápidos.

Para o baixista de metal, rock progressivo ou fusion, o Strinberg Sab66 é uma arma poderosa. Seu som articulado garante que cada nota seja ouvida, mesmo com guitarras distorcidas e baterias complexas.

O circuito ativo responde bem, permitindo reforçar as frequências que dão peso e definição ao seu som. Se você busca um baixo que tenha personalidade sonora e visual, e que seja otimizado para estilos que demandam clareza e punch, este modelo é a escolha certa.

Prós
  • Visual único e acabamento diferenciado com madeiras exóticas.
  • Timbre moderno com ataque pronunciado, perfeito para rock e metal.
  • Boa definição sonora que se destaca em mixagens complexas.
Contras
  • A sonoridade brilhante pode não ser adequada para quem procura um timbre vintage ou aveludado.
  • A ergonomia do corpo pode ser menos confortável para alguns músicos em comparação com designs mais tradicionais.

3. Tagima Millenium Imbuia 6 Série Brasil

Elevando a linha Millenium a um novo patamar, a Série Brasil utiliza madeiras nobres nacionais para criar um instrumento de caráter único. O Tagima Millenium Imbuia 6, como o nome sugere, tem o corpo construído com essa madeira brasileira, conhecida por sua beleza e, principalmente, por sua resposta sonora.

A Imbuia realça os médios-graves, conferindo ao baixo um timbre quente, articulado e cheio de nuances, com um rosnado característico.

Este baixo é destinado ao músico profissional ou entusiasta que valoriza a complexidade tonal e a exclusividade das madeiras brasileiras. É um instrumento excepcional para MPB, jazz, samba-jazz e outros estilos onde a voz do baixo é protagonista.

Se você é um baixista que explora melodias, acordes e busca um som orgânico e rico, o Millenium Imbuia é um investimento que se traduz em inspiração. Ele não é apenas uma ferramenta, mas uma peça com identidade sonora marcante.

Prós
  • Timbre rico e complexo com médios definidos, graças à madeira Imbuia.
  • Construção de alto padrão da Série Brasil da Tagima.
  • Sonoridade ideal para estilos musicais brasileiros e jazz.
Contras
  • Preço significativamente mais alto que os outros modelos da lista.
  • O caráter sonoro particular da Imbuia pode ser menos versátil para gêneros que pedem um som mais neutro, como o pop.

4. Ibanez SR 206B WNF 6 Cordas

A série SR da Ibanez é sinônimo de conforto e tocabilidade, e o SR 206B não é exceção. Seu maior trunfo é o design: um corpo leve e ergonômico e, principalmente, um braço fino e rápido.

Para quem está migrando de um baixo de 4 ou 5 cordas, ou para quem tem mãos menores, a tocabilidade do Ibanez SR 206B torna a adaptação às 6 cordas muito mais suave. Ele vem equipado com um circuito ativo que inclui o Phat II EQ, um booster de graves que adiciona peso ao som com o girar de um botão.

Este é o baixo ideal para o estudante, o iniciante nas seis cordas ou qualquer músico que priorize o conforto acima de tudo. Se você toca por horas a fio ou precisa de velocidade para executar linhas complexas, a ergonomia deste Ibanez fará toda a diferença.

Embora seus captadores e circuito sejam de entrada, eles cumprem seu papel e a plataforma é excelente para futuros upgrades. É a porta de entrada perfeita para o mundo dos baixos de 6 cordas, focada em facilitar a jornada do músico.

Prós
  • Braço extremamente confortável, rápido e fácil de tocar.
  • Corpo leve e design ergonômico, ideal para longas sessões de prática ou shows.
  • Excelente ponto de partida para iniciantes no universo de 6 cordas.
Contras
  • A eletrônica e os captadores de fábrica são básicos e podem não satisfazer músicos experientes.
  • O booster de graves Phat II pode facilmente embolar o som se usado em excesso, exigindo cuidado no ajuste.

Captação e Circuito: O Coração do Timbre Ativo

A combinação de captadores e circuito ativo define a personalidade de um baixo. A maioria dos modelos de 6 cordas, como os analisados aqui, utiliza captadores do tipo soap bar. Eles são humbuckers, o que significa que cancelam ruídos e produzem um som cheio e encorpado.

Sua vantagem é a clareza e a resposta equilibrada em todo o espectro de frequências, desde a grave corda Si até a aguda corda Dó.

O circuito ativo 9V funciona como um pequeno equalizador dentro do seu baixo. Ele recebe o sinal dos captadores e o amplifica, permitindo que você corte ou adicione graves, médios e agudos.

Isso dá ao baixista um poder imenso de adaptação. Em um show, você pode adicionar médios para cortar melhor na mixagem durante um solo, ou reforçar os graves para dar mais peso a uma base, tudo sem tocar no amplificador.

Madeiras e Construção: Impacto no Som e Conforto

As madeiras para baixo não são apenas um detalhe estético; elas são um componente fundamental do timbre. Madeiras do corpo como o Ash (Strinberg Sab66) produzem um som mais brilhante e com bom ataque.

O Okoume (Tagima Millenium) é mais neutro, funcionando como uma boa plataforma para a eletrônica ativa. Já a Imbuia (Tagima Série Brasil) oferece um calor e uma riqueza nos médios que são únicos.

A construção do braço e a escala também são vitais. Braços de Maple são padrão pela estabilidade e por adicionarem um pouco de brilho ao som. A escala, ou o comprimento vibrante da corda, tem um papel importante.

Uma escala de 35 polegadas, um pouco mais longa que o padrão de 34, aumenta a tensão das cordas, resultando em uma corda Si mais firme e definida, com menos "vibração" indesejada.

Tagima vs. Strinberg vs. Ibanez: Qual Escolher?

  • Tagima: A escolha do equilíbrio e da versatilidade. O Tagima Millenium 6 é o canivete suíço para o músico que precisa de um timbre versátil para diferentes estilos. Representa o melhor custo-benefício baixo 6 cordas para quem busca um instrumento principal confiável. A Série Brasil com Imbuia é um upgrade para quem busca um som premium com identidade nacional.
  • Strinberg: A opção para o baixista moderno e pesado. O Strinberg Sab66 foca em um som agressivo e um visual marcante. É menos versátil, mas imbatível em seu nicho, oferecendo o punch e a clareza necessários para metal e rock progressivo.
  • Ibanez: O sinônimo de conforto. O Ibanez SR 206B é a escolha definitiva para quem prioriza a tocabilidade. Seu braço rápido e corpo leve tornam a experiência de tocar um 6 cordas muito mais agradável, sendo ideal para iniciantes ou para quem sofre com o peso e a largura de outros modelos.

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