Qual o Melhor Baixo de 5 Cordas Fretless Ativo?

Mariana Rodrígues Rivera
Mariana Rodrígues Rivera
9 min. de leitura

Encontrar o baixo de 5 cordas fretless ativo perfeito é buscar um som único. A combinação da extensão de cinco cordas, a expressividade de uma escala sem trastes e o poder de um circuito ativo abre um novo mundo de possibilidades sonoras.

Este guia analisa os seis modelos mais relevantes do mercado, detalhando madeiras, captadores e construção. O objetivo é ajudar você a identificar qual instrumento se alinha ao seu estilo musical, seu nível de experiência e seu orçamento, tornando a decisão de compra mais clara e segura.

Fretless Ativo: Como Escolher o Baixo Ideal

A escolha de um baixo com esta configuração específica envolve entender como três elementos fundamentais trabalham juntos. A quinta corda, geralmente um Si grave (B), expande seu alcance tonal, permitindo notas mais profundas e novas digitações.

A escala fretless, sem os trastes de metal, exige precisão na afinação, mas recompensa com um som cantado e transições suaves entre as notas, conhecido como "mwah". As marcações na escala servem como guias visuais, facilitando a adaptação para quem vem de um baixo tradicional.

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O circuito ativo, alimentado por uma bateria de 9V, é o centro de controle do seu timbre. Diferente de um baixo passivo, ele permite que você aumente e corte frequências específicas, como graves, médios e agudos, diretamente no instrumento.

Isso oferece uma versatilidade imensa, seja para destacar a voz do fretless em um solo de jazz, seja para encontrar um lugar definido na mixagem de uma banda de pop ou rock. A combinação destes fatores cria um instrumento expressivo e poderoso, mas cada modelo equilibra esses elementos de uma forma única.

Análise: Os 6 Melhores Baixos Fretless 5 Cordas

1. Tagima Millenium 5 Top Fretless (NTS DF)

O Tagima Millenium 5 Top se posiciona como uma opção premium para o músico que já tem experiência e busca um instrumento com acabamento superior e grande versatilidade sonora. Sua construção com corpo em Okoume e tampo em figured maple não só confere uma estética sofisticada, mas também contribui para um som equilibrado e com bom sustain.

A escala em Pau-Ferro oferece uma superfície lisa e resistente, ideal para a articulação característica do som de baixo fretless.

Este baixo é a escolha ideal para baixistas de jazz, fusion e música instrumental que precisam de um leque amplo de timbres. O circuito ativo com equalizador de 3 bandas, combinado com os captadores humbucker tipo soapbar, permite esculpir o som com precisão.

Você pode ir de um timbre gordo e aveludado, perfeito para acompanhar, até um som mais agressivo e focado nos médios para solos. Para o músico que toca profissionalmente ou em estúdio, o Millenium 5 Top entrega a performance e a aparência de um instrumento de categoria superior.

Prós
  • Construção e acabamento de alta qualidade.
  • Circuito ativo versátil com equalizador de 3 bandas.
  • Som equilibrado com excelente sustain, ideal para estúdio.
  • Captadores humbucker silenciosos e potentes.
Contras
  • Preço mais elevado, sendo um investimento considerável para iniciantes.
  • O peso pode ser um fator para músicos que tocam por longos períodos em pé.

2. Tagima XB-21 Fretless 5 Cordas (BK DF)

O Tagima XB-21 é uma porta de entrada acessível e funcional para o mundo do baixo fretless de 5 cordas. Seu design simples e direto, com corpo em Poplar e acabamento preto, foca no essencial: entregar a experiência fretless ativa sem pesar no bolso.

Os captadores no estilo Precision Bass e Jazz Bass (configuração P/J) oferecem uma paleta de timbres clássica, enquanto o circuito ativo de 2 bandas (graves e agudos) permite uma modelagem sonora básica, mas eficaz.

Se você é um estudante de baixo ou um músico experiente querendo explorar o som fretless sem fazer um grande investimento, o XB-21 é uma escolha inteligente. Ele oferece a ergonomia e a funcionalidade necessárias para desenvolver a técnica e a percepção de afinação.

Para o baixista que toca em igrejas ou bandas de garagem, este modelo entrega a profundidade da 5ª corda e a expressividade do fretless com um custo-benefício difícil de superar. É um instrumento de trabalho, pronto para quem quer aprender e experimentar.

Prós
  • Excelente custo-benefício para iniciantes no fretless.
  • Configuração de captadores P/J versátil.
  • Leve e confortável para tocar.
  • Circuito ativo que ajuda a modelar o som inicial.
Contras
  • Os captadores e o pré-amplificador são básicos e podem soar sem definição em volumes altos.
  • A qualidade do hardware, como tarraxas e ponte, é funcional mas não premium.

3. Tagima TJB-5 Fretless Jazz Bass (SB LF)

O Tagima TJB-5 Fretless combina a estética e a ergonomia atemporais de um Jazz Bass com as características modernas de um instrumento de 5 cordas, fretless e ativo. Com seu corpo em Ash e o clássico acabamento Sunburst, ele atrai baixistas que amam o visual vintage, mas não abrem mão da versatilidade.

Os dois captadores single-coil, padrão do estilo Jazz Bass, entregam o rosnado e a clareza característicos, ideais para estilos como funk, soul e, claro, jazz.

Este modelo é perfeito para o baixista que já ama o som de um Jazz Bass e quer levar essa sonoridade para o território fretless. O circuito ativo adiciona uma camada de controle, permitindo reforçar graves para uma base sólida ou realçar agudos para um som de solo mais presente.

A tocabilidade é familiar para qualquer um que já tenha tocado um J-Bass, tornando a transição para as 5 cordas e a escala sem trastes mais intuitiva. É a ponte entre o clássico e o moderno, ideal para músicos de performance que valorizam tanto o som quanto o estilo.

Prós
  • Design clássico e amado do Jazz Bass.
  • Som característico dos captadores single-coil.
  • Corpo em Ash, uma madeira de qualidade superior nesta faixa de preço.
  • Boa tocabilidade e conforto.
Contras
  • Captadores single-coil podem gerar ruído (60-cycle hum) em ambientes com interferência elétrica.
  • A definição da corda Si (B) pode ser inferior à de modelos com captadores humbucker.

4. Waldman Jazz Bass Fretless GJJF455A

A Waldman se especializa em oferecer instrumentos com um custo extremamente competitivo, e o GJJF455A não é exceção. Este modelo é, sem dúvida, uma das opções mais baratas do mercado para quem busca um baixo de 5 cordas fretless e ativo.

Ele emula o visual de um Jazz Bass e inclui dois captadores single-coil e um circuito ativo, fornecendo os recursos básicos para quem quer dar os primeiros passos no estilo sem comprometer o orçamento.

Este baixo é indicado para o iniciante absoluto ou para o músico que precisa de um segundo instrumento para estudo e experimentação em casa. Se você é um guitarrista querendo gravar suas próprias linhas de baixo ou um estudante com orçamento limitado, o GJJF455A cumpre a função.

É importante ter expectativas realistas: a qualidade dos componentes eletrônicos e do hardware é proporcional ao preço. Considere-o como uma tela em branco, uma plataforma que, com futuros upgrades de captadores e circuito, pode se tornar um instrumento bastante capaz.

Prós
  • Preço extremamente acessível, ideal para orçamentos apertados.
  • Inclui circuito ativo e 5 cordas, recursos raros nesta faixa de preço.
  • Ótima opção para quem quer experimentar o fretless sem grande risco financeiro.
Contras
  • A qualidade de construção e acabamento pode apresentar inconsistências.
  • O som dos captadores de fábrica é magro e o circuito ativo tem pouca margem de atuação.
  • Provavelmente necessitará de uma regulagem profissional (luthier) para ter boa tocabilidade.

5. Waldman GJJF355A Ativo Fretless 5 Cordas

Similar ao seu irmão GJJF455A, o Waldman GJJF355A se posiciona como uma alternativa de baixíssimo custo no nicho de baixos fretless ativos de 5 cordas. As diferenças entre os modelos da série costumam ser sutis, geralmente relacionadas a acabamentos ou pequenos detalhes de hardware.

Ele mantém a proposta de entregar um conjunto de recursos moderno, como o circuito ativo e a quinta corda, em um pacote que imita o design clássico do Jazz Bass.

Este modelo é para o mesmo perfil do GJJF455A: o músico que prioriza o preço acima de tudo. Se você encontrar este modelo em uma promoção ou se preferir seu acabamento específico, ele servirá como um ponto de partida funcional.

A recomendação permanece a mesma: encare-o como um projeto. Use-o para aprender a técnica do fretless, entenda como o circuito ativo funciona e, quando sentir as limitações do instrumento, invista em melhorias.

É uma forma de entrar no jogo com um investimento mínimo.

Prós
  • Um dos preços mais baixos do mercado para esta configuração.
  • Permite o acesso à sonoridade fretless ativa com investimento mínimo.
  • Design familiar e confortável para quem já conhece o formato Jazz Bass.
Contras
  • Componentes eletrônicos e hardware de qualidade básica.
  • O som original pode carecer de corpo e definição, especialmente na corda B grave.
  • A durabilidade a longo prazo pode ser uma preocupação.

6. Tagima XB-21 Fretless 5 Cordas (NTMS DF)

Esta é uma variação do já analisado Tagima XB-21, com a principal diferença sendo o acabamento NTMS (Natural Matte Satin). Em vez do preto brilhante, este modelo oferece um visual mais orgânico e moderno, com um acabamento acetinado que deixa transparecer a madeira.

Funcionalmente, ele compartilha todas as características do seu par: corpo em Poplar, configuração de captadores P/J e um circuito ativo de 2 bandas.

A escolha por este baixo é, em grande parte, estética. Ele é perfeito para o mesmo baixista iniciante ou intermediário que busca um bom custo-benefício, mas que prefere um visual menos tradicional.

O acabamento acetinado no braço também pode ser um diferencial para alguns, pois tende a ser menos "pegajoso" que os acabamentos em verniz brilhante, facilitando o deslize da mão.

Se você se encaixa no perfil do usuário do XB-21 mas quer um instrumento com um pouco mais de personalidade visual, esta é a sua escolha.

Prós
  • Acabamento acetinado elegante e moderno.
  • Braço com toque suave que pode agradar alguns músicos.
  • Mantém o excelente custo-benefício da linha XB-21.
  • Ideal como primeiro baixo fretless ativo.
Contras
  • As mesmas limitações eletrônicas e de hardware da versão preta.
  • Acabamentos foscos podem ser mais propensos a mostrar marcas de gordura ou sujeira.

Circuito Ativo: A Vantagem do Equalizador

Um circuito ativo é um pré-amplificador embutido no baixo, alimentado por uma bateria de 9 volts. Sua principal função é fortalecer o sinal dos captadores e oferecer um equalizador (EQ) a bordo.

Isso significa que você pode ajustar o timbre diretamente no instrumento, antes mesmo de o som chegar ao amplificador ou à mesa de som. Os controles geralmente incluem graves, médios e agudos, permitindo que você adicione peso, presença ou brilho ao seu som com um simples girar de botão.

Para um baixo fretless, o EQ ativo é uma ferramenta poderosa. Você pode, por exemplo, realçar as frequências médias para acentuar o característico som "mwah". Se busca um timbre que lembre um baixo acústico, pode cortar os agudos e levemente os médios.

A vantagem é a consistência e o controle: seu timbre ideal está sempre ao alcance dos seus dedos, independentemente do amplificador que estiver usando. Lembre-se apenas de desconectar o cabo do baixo quando não estiver tocando para evitar o consumo desnecessário da bateria.

Tipos de Captadores: O Coração do Seu Timbre

  • Single-Coil (Estilo Jazz Bass): Encontrados nos modelos Tagima TJB-5 e nos Waldman, estes captadores são conhecidos por seu som brilhante, articulado e com um "rosnado" nos médios. São excelentes para estilos que exigem clareza e definição, como funk e jazz. Sua principal desvantagem é a suscetibilidade a ruídos elétricos (hum).
  • Humbucker (Estilo Soapbar): Presentes no Tagima Millenium, estes captadores possuem duas bobinas que cancelam ruídos, resultando em um som silencioso e mais "gordo". Eles têm mais saída e um timbre mais cheio nos graves e médios, sendo muito versáteis para pop, rock e R&B.
  • Configuração P/J: Usada nos modelos Tagima XB-21, esta combinação traz um captador split-coil (estilo Precision Bass) no braço e um single-coil (estilo Jazz Bass) na ponte. Isso oferece o melhor dos dois mundos: o som grave e socado do P-Bass, a clareza do J-Bass e uma combinação única dos dois.

Madeira e Construção: Impacto no Som Fretless

A escolha das madeiras e o método de construção influenciam diretamente o timbre e a sustentação de um baixo fretless. Madeiras como o Ash (usado no TJB-5) são valorizadas por seu som brilhante e boa ressonância.

O Okoume (Millenium 5 Top) é conhecido por ser leve e ter uma resposta tonal equilibrada, similar ao Mogno. Madeiras mais econômicas, como o Poplar (XB-21), são funcionais e ajudam a manter o custo do instrumento baixo, oferecendo um timbre neutro.

A madeira da escala é especialmente importante em um baixo fretless. Superfícies como Pau-Ferro ou Rosewood (comuns nos Tagima) são densas e produzem um som quente e orgânico. A construção do baixo, sendo majoritariamente "bolt-on" (braço parafusado ao corpo) nesta lista, oferece um som com bom ataque e facilita a manutenção.

Embora construções mais complexas como "neck-thru" (braço atravessando o corpo) possam oferecer mais sustain, os modelos analisados provam que uma boa construção bolt-on é mais do que suficiente para um excelente som fretless.

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