Qual o melhor baixo 5 cordas? Análise Custo-Benefício

Mariana Rodrígues Rivera
Mariana Rodrígues Rivera
11 min. de leitura

Escolher um baixo de 5 cordas pode transformar seu som, adicionando profundidade e novas possibilidades musicais. Este guia analisa 10 dos melhores modelos disponíveis, focando em custo-benefício, qualidade de construção e timbre.

Aqui você encontrará uma análise direta de instrumentos ativos e passivos de marcas como Yamaha, Ibanez e Tagima, para que sua decisão seja informada e precisa, seja você um iniciante ou um músico experiente.

Ativo ou Passivo: Qual captação define seu som?

A eletrônica do seu baixo, ativa ou passiva, é um dos fatores que mais influencia o timbre. Um baixo ativo possui um pré-amplificador interno, alimentado por uma bateria de 9V. Isso resulta em um sinal mais forte e oferece controles de equalização (graves, médios e agudos) no próprio instrumento.

O som é geralmente mais moderno, brilhante e com maior sustain. É ideal para estilos que exigem um som limpo e definido, como pop, gospel e metal moderno.

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Já um baixo passivo não tem pré-amplificador. O som dos captadores vai direto para o amplificador, com controles simples de volume e tonalidade. O timbre é mais orgânico, quente e dinâmico, respondendo diretamente à força do seu toque.

Baixos passivos são a escolha clássica para gêneros como rock clássico, funk, soul e blues. Eles não precisam de bateria, o que significa uma preocupação a menos no palco.

Análise: Os 10 Melhores Baixos 5 Cordas do Mercado

1. Yamaha TRBX 505 TWH (Ativo/Passivo)

O Yamaha TRBX 505 é um instrumento extremamente versátil, construído para o músico que precisa de flexibilidade. Seu grande diferencial é a chave que alterna entre o modo ativo e passivo.

No modo ativo, você tem um equalizador de 3 bandas para esculpir seu timbre com precisão. No modo passivo, o controle de agudos funciona como um tone knob tradicional, entregando um som mais vintage.

A construção é de alta qualidade, com corpo em mogno e um braço de 5 peças de maple e mogno, que garante estabilidade e sustain.

Este baixo é a escolha perfeita para o músico de estúdio ou o profissional que toca em bandas de diversos estilos. Se você precisa de um som moderno e articulado para uma música pop e, na sequência, um timbre quente e passivo para um blues, o TRBX 505 entrega ambos com excelência.

O conforto do braço e o equilíbrio do corpo tornam as longas sessões de gravação ou shows menos cansativas.

Prós
  • Versatilidade do circuito ativo/passivo
  • Construção robusta com madeiras de qualidade
  • Timbre definido e com excelente sustain
  • Conforto e tocabilidade do braço
Contras
  • Preço mais elevado para iniciantes
  • O timbre pode ser considerado 'moderno' demais para puristas do som vintage

2. Ibanez GSR205BK (Ativo)

A linha GIO da Ibanez é famosa por oferecer instrumentos com ótima tocabilidade a um preço acessível, e o GSR205BK não é exceção. Este baixo ativo se destaca pelo braço fino e confortável, uma marca registrada da Ibanez, que facilita a vida de quem está migrando do baixo de 4 cordas ou tem mãos menores.

O circuito Phat II EQ é um booster de graves que adiciona um peso extra ao seu som com o girar de um botão, tornando-o ideal para estilos que pedem um low-end poderoso.

Para o estudante de rock, metal ou pop que busca seu primeiro baixo de 5 cordas, o Ibanez GSR205BK é uma das melhores opções de entrada. Ele é leve, fácil de tocar e entrega a potência de um baixo ativo sem exigir um grande investimento.

É um instrumento que te motiva a praticar por horas, graças ao seu conforto e som encorpado.

Prós
  • Excelente custo-benefício
  • Braço fino e muito confortável para iniciantes
  • Leve e bem equilibrado
  • Circuito Phat II adiciona graves potentes
Contras
  • Os captadores de fábrica podem carecer de definição em volumes muito altos
  • Acabamento e madeiras mais simples que modelos superiores

3. Yamaha TRBX 305 BL (Ativo)

O Yamaha TRBX 305 se posiciona como um passo acima dos modelos de entrada, oferecendo recursos de instrumentos mais caros. Seu corpo é construído em mogno sólido, o que confere um som quente e com ótimos médios.

O grande diferencial aqui é o switch "Performance EQ" de 5 posições. Ele oferece presets de equalização otimizados para diferentes técnicas: Slap, Pick, Flat, Finger e Solo. Isso permite que você mude seu timbre drasticamente com um simples toque.

Este baixo é ideal para o músico intermediário que toca em igrejas, bandas de baile ou grupos cover. A versatilidade dos presets de EQ facilita a adaptação a diferentes estilos musicais durante uma apresentação ao vivo, sem precisar mexer no amplificador.

É um instrumento de trabalho confiável, com a qualidade de construção que se espera da Yamaha.

Prós
  • Presets de EQ (Performance EQ) muito práticos
  • Corpo em mogno oferece ótimo timbre
  • Qualidade de construção Yamaha
  • Design ergonômico e confortável
Contras
  • Os presets podem limitar a criatividade de quem prefere ajustar a EQ manualmente
  • Os captadores poderiam ter um pouco mais de saída

4. Tagima Millenium 5 TOP (Ativo)

O Tagima Millenium 5 TOP representa o que a indústria nacional tem de melhor em instrumentos de série. Com um visual impressionante, graças ao top em madeiras exóticas, ele chama a atenção tanto pela estética quanto pelo som.

O circuito ativo de 3 bandas é eficiente e permite uma modelagem de timbre muito ampla. A combinação de madeiras no corpo e no braço resulta em um som moderno, com agudos definidos e graves firmes.

Para o baixista que já superou a fase de iniciante e busca um instrumento para se destacar no palco, o Millenium 5 TOP é uma escolha fantástica. Ele oferece a sonoridade e o visual de um baixo boutique por uma fração do preço.

É perfeito para quem toca jazz fusion, música instrumental brasileira ou pop moderno e quer um timbre articulado e claro.

Prós
  • Visual premium com top em madeira exótica
  • Circuito ativo versátil e silencioso
  • Excelente acabamento e construção
  • Bom equilíbrio entre as cordas
Contras
  • Pode ser um pouco pesado para alguns músicos
  • O som é marcadamente moderno, não sendo ideal para timbres vintage

5. Tagima TJB 5 SB Jazz Bass (Passivo)

O Tagima TJB 5 traz a sonoridade clássica do Jazz Bass para o universo de 5 cordas. Com sua eletrônica passiva e dois captadores single-coil, ele entrega aquele timbre estalado e com médios pronunciados, famoso em décadas de gravações de funk, soul e R&B.

A simplicidade é seu ponto forte: dois volumes (um para cada captador) e um controle de tonalidade geral. Isso permite misturar os captadores para encontrar o ponto ideal entre o som cheio do braço e o ataque da ponte.

Se você é um baixista que ama o som clássico de Jaco Pastorius ou Marcus Miller e quer essa sonoridade com a corda Si grave, este é o seu baixo. É a escolha perfeita para quem não quer se preocupar com baterias e prefere um som que responde de forma orgânica ao toque.

Para músicos de funk, jazz e música brasileira, o TJB 5 é uma ferramenta de trabalho direta e eficaz.

Prós
  • Timbre clássico de Jazz Bass
  • Eletrônica passiva simples e confiável
  • Ótimo custo-benefício para um baixo passivo de 5 cordas
  • Boa tocabilidade e design tradicional
Contras
  • Captadores single-coil podem gerar ruído (hum) em ambientes com interferência elétrica
  • Menos versátil que um baixo ativo para timbres modernos

6. Giannini Ativo GB205A BK

O Giannini GB205A é um baixo ativo focado em ser a porta de entrada para o mundo das cinco cordas. Ele cumpre a promessa de entregar um instrumento funcional com circuito ativo a um preço muito competitivo.

A construção geralmente utiliza Basswood no corpo, uma madeira leve, e a captação no estilo soapbar oferece um som cheio e moderno. O circuito ativo de 2 bandas (graves e agudos) permite uma equalização básica, mas funcional.

Este instrumento é projetado para o iniciante com um orçamento estritamente limitado. Se você quer experimentar um baixo de 5 cordas ativo sem fazer um grande investimento inicial, o Giannini GB205A é uma opção a ser considerada.

Ele serve bem para estudo e para as primeiras experiências em uma banda.

Prós
  • Preço extremamente acessível
  • Circuito ativo para um som potente
  • Leve e fácil de manusear
  • Marca tradicional no mercado brasileiro
Contras
  • Qualidade das ferragens e da eletrônica reflete o baixo custo
  • A definição da corda Si (B) pode ser inferior à de modelos mais caros

7. Strinberg JBS-45 SB Jazz Bass (Passivo)

Competindo diretamente com o Tagima TJB, o Strinberg JBS-45 oferece outra opção acessível para quem busca o timbre clássico de um Jazz Bass passivo de 5 cordas. A construção com corpo em Basswood e braço em Maple segue a fórmula tradicional.

Os dois captadores single-coil oferecem a versatilidade de timbres característica do modelo, desde um som mais aveludado usando o captador do braço até o rosnado agressivo do captador da ponte.

Este baixo é para o músico que está começando e se identifica com a sonoridade vintage, mas precisa da corda extra. É uma alternativa sólida para quem toca em bandas de rock clássico, blues ou funk e tem um orçamento controlado.

A simplicidade da operação e o timbre testado e aprovado fazem dele uma escolha segura.

Prós
  • Bom custo-benefício para um baixo passivo
  • Timbre clássico e estalado
  • Visual tradicional e atraente
  • Controles simples e diretos
Contras
  • Pode precisar de uma regulagem profissional (setup) ao sair da caixa
  • Sujeito a ruído de 60 ciclos, típico de captadores single-coil

8. Tagima Millenium Natural 5 Cordas (Ativo)

O Tagima Millenium 5 é a versão padrão de uma das linhas de maior sucesso da marca. Ele oferece a mesma eletrônica ativa e o design moderno do seu irmão 'TOP', mas com madeiras de corpo mais simples, como o Okoumé, para manter o custo mais baixo.

O som continua sendo moderno, claro e com boa definição, e o circuito ativo de 3 bandas oferece controle total sobre seu timbre. É um instrumento bem construído e confiável.

Para o baixista intermediário que gostou do conceito da linha Millenium mas não pode investir na versão TOP, este modelo é a escolha certa. Ele entrega 90% da performance por um preço mais acessível.

É um baixo versátil que se encaixa bem em qualquer estilo moderno, do pop ao rock, e é uma escolha popular entre músicos de igreja.

Prós
  • Ótimo som moderno e definido
  • Circuito ativo de 3 bandas completo
  • Construção sólida e confiável
  • Excelente custo-benefício na categoria intermediária
Contras
  • O acabamento natural pode não agradar a todos
  • O timbre do Okoumé é um pouco menos complexo que as madeiras da versão TOP

9. PHX MSR-5 DBL Dark Blue

O baixo PHX MSR-5 busca atrair pelo visual e pela configuração de captadores, que frequentemente se inspira em modelos icônicos como o Music Man StingRay. Com um captador humbucker grande perto da ponte, ele é projetado para um som agressivo, com médios fortes e muito ataque.

A eletrônica ativa complementa essa proposta, permitindo reforçar os graves e agudos para um som ainda mais cortante.

Este baixo é ideal para o iniciante que toca estilos mais pesados como rock, punk ou metal e quer um visual que se destaque. Se você busca um timbre com muito 'punch' e não se importa tanto com a sutileza, o MSR-5 entrega a agressividade necessária para cortar através de guitarras distorcidas.

É uma opção de entrada com uma personalidade sonora bem definida.

Prós
  • Timbre agressivo com bom ataque
  • Visual moderno e diferenciado
  • Preço acessível para um baixo ativo
  • Configuração de captador humbucker reduz ruídos
Contras
  • Menos versátil para estilos musicais mais suaves
  • A qualidade geral dos componentes é de entrada

10. Tagima XB 21 5 BK Modern Bass (Passivo)

O Tagima XB 21 é um baixo passivo de entrada que se diferencia pela configuração de captadores P/J. Essa combinação une o melhor de dois mundos: o captador split-coil (Precision) na posição do braço oferece um som gordo, pesado e sem ruído, enquanto o single-coil (Jazz) na ponte adiciona brilho, clareza e ataque.

Com controles de volume independentes, você pode mixar os dois captadores ou usar cada um isoladamente.

Para o baixista iniciante que está indeciso entre o som de um Precision Bass e um Jazz Bass, o XB 21 é a solução perfeita. É um instrumento passivo extremamente versátil, capaz de cobrir desde o rock mais pesado até o funk mais suingado.

Sua simplicidade e variedade de timbres o tornam uma excelente ferramenta de aprendizado e um ótimo baixo de backup para músicos mais experientes.

Prós
  • Configuração de captadores P/J muito versátil
  • Ótima opção de entrada com som passivo
  • Captador P é livre de ruídos (hum-canceling)
  • Preço bastante competitivo
Contras
  • O captador J pode apresentar ruído quando usado sozinho
  • Acabamento e hardware são básicos

Madeiras e Construção: O impacto no timbre final

A madeira usada no corpo e no braço do baixo tem um papel fundamental no som final. Não se trata apenas de estética, mas de como o material vibra e sustenta as notas. Madeiras mais densas e pesadas como o Mogno ou Ash tendem a oferecer mais sustain e um som com graves e médios bem definidos.

Madeiras mais leves como Basswood ou Poplar são confortáveis para tocar por horas e têm um som com médios bem focados, embora com um pouco menos de ressonância.

O braço também é vital. Braços em Maple são o padrão da indústria, conhecidos por adicionar brilho e ataque ao som. Braços laminados, feitos de várias peças de madeira coladas (como nos Yamaha TRBX), aumentam a estabilidade e a resistência a empenamentos, além de contribuírem para um sustain mais longo.

A madeira da escala também importa: Maple produz um som mais brilhante e estalado, enquanto Rosewood ou outras madeiras escuras oferecem um timbre mais quente e aveludado.

Yamaha vs. Tagima: Qual marca domina o mercado?

Yamaha e Tagima são duas gigantes no mercado de baixos, mas com filosofias diferentes. A Yamaha é uma marca global conhecida por sua consistência e controle de qualidade impecável.

Seus instrumentos, como a linha TRBX, são projetados com foco na ergonomia, versatilidade e um timbre moderno e equilibrado. Comprar um Yamaha é garantia de um instrumento bem construído e pronto para o uso profissional.

A Tagima, por sua vez, é uma marca brasileira que conquistou seu espaço com um incrível custo-benefício e designs que atendem ao gosto local. Ela oferece desde modelos inspirados nos clássicos (TJB 5) até criações modernas e arrojadas (Millenium).

A Tagima consegue entregar instrumentos com bom acabamento e sonoridade a preços competitivos, sendo uma escolha inteligente para quem busca maximizar seu investimento, especialmente no mercado nacional.

Dicas de Manutenção para seu Baixo de 5 Cordas

  • Limpe as cordas e a escala após cada uso com um pano seco para remover suor e gordura, aumentando a vida útil das cordas.
  • Mantenha o instrumento em um case ou bag para protegê-lo de mudanças bruscas de temperatura e umidade, que podem causar danos à madeira.
  • Leve seu baixo a um luthier de confiança pelo menos uma vez por ano para uma regulagem completa (setup). Isso inclui ajuste do tensor do braço, altura das cordas (ação) e oitavas.
  • Para baixos ativos, sempre tenha uma bateria 9V de reserva. Se o som começar a distorcer ou ficar fraco, a primeira coisa a verificar é a bateria.
  • Ao trocar as cordas, troque uma de cada vez para manter a tensão no braço do instrumento estável.

Perguntas Frequentes

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